segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Todo poema se escreve só

Eu vejo do alto, os meus sapatos equilibrando-se
Na linha do Equador  
Na corda bamba que balança por causa do vento
De uma frente fria de palavras sem sol
Que ele costumava falar

Mas se até tenho paz, sol e pés
Eu estou no centro do ecoa a dor
E ninguém pode me ouvir

Estou no centro do mar
No centro da terra
Na linha do meio

Só me resta ir
Descalço e sem ver
Onde os pés irão me levar
Caminhando por qualquer descaminho.





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