Por trás da minha pele parda
O tempo embaixo dessa camada fosca
Um visco acoplado em células adormecidas
O universo me impõe a reorganização dos trejeitos da minha alma
Nem sempre de maneira apaziguada
Eu procuro o inusitado que rejuvenesça a minha carne apodrecida
Na minha revolta, bato a porta com força e saio no meio da noite
Quando fica humanamente difícil
Aceitar os desencadeamentos das nossas vidas
E a insuportável sensação de que nenhuma estrada
É verdadeiramente paralela à outra
Quando um raiar de dia nos faz envelhecer,
E envelhecer nada mais é do que saber-se ainda mais só,
Os sonhos começam a se dissipar,
varridos por um outono atroz
À tarde, uma serpente trocando de pele na sua dança hipnótica
Aparece como uma miragem na minha janela
E uma voz sedutora repete constantemente dentro de mim:
- Substância: um sonho.
domingo, 22 de abril de 2012
quinta-feira, 19 de abril de 2012
Poema Avião
Queria compreensão e lhe ofereceram:
Insegurança
Uma briga torrida na mesa de bar:
Silêncios etílicos
Um amor místico:
Sexo apressado e corpos semivestidos
Uma amizade transcendente:
Ausência
Uma casa na França:
Sertão
O olhar mais humano em sua essência:
Pavão
Um avião como prova do meu amor:
Um Poema Avião.
Insegurança
Uma briga torrida na mesa de bar:
Silêncios etílicos
Um amor místico:
Sexo apressado e corpos semivestidos
Uma amizade transcendente:
Ausência
Uma casa na França:
Sertão
O olhar mais humano em sua essência:
Pavão
Um avião como prova do meu amor:
Um Poema Avião.
quarta-feira, 4 de abril de 2012
Fogo
Da janela do meu quarto
Munido de um microscópio
Que captura partículas
Da beleza contraditória
D´uma tempestade,
Vejo o céu em chamas
E nuvens cheias de poesia
No horizonte da minha janela
Há um raio fugaz,
O elo entre o mundo
E os meus sentidos,
Fagulha que se desfaz
Num estalido de tempo
D´ uma miragem de estrela
São tantas as janelas
Quando temos os olhos abertos
Que levam uma senhora cuidadosa
A fechar os trincos
Mas, ao convite do trovão
Eu pulo os muros da insensatez
E pouso nas asas desse tempo
Do outro lado da janela
O Vermelho metafórico queima a minha carne.
Munido de um microscópio
Que captura partículas
Da beleza contraditória
D´uma tempestade,
Vejo o céu em chamas
E nuvens cheias de poesia
No horizonte da minha janela
Há um raio fugaz,
O elo entre o mundo
E os meus sentidos,
Fagulha que se desfaz
Num estalido de tempo
D´ uma miragem de estrela
São tantas as janelas
Quando temos os olhos abertos
Que levam uma senhora cuidadosa
A fechar os trincos
Mas, ao convite do trovão
Eu pulo os muros da insensatez
E pouso nas asas desse tempo
Do outro lado da janela
O Vermelho metafórico queima a minha carne.
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